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SANTA CATARINA É O ESTADO QUE MAIS AUMENTOU SUA PARTICIPAÇÃO NO PIB NACIONAL ENTRE ESTADOS DO SUL E SUDESTE

SC acumula o maior crescimento em participação no Produto Interno Bruto (PIB) do País na comparação com outros estados dessas regiões, que representam 70% da economia nacional

A divulgação oficial do PIB 2022 das unidades federativas brasileiras revela a trajetória de crescimento e de alto desempenho de Santa Catarina. O Estado apresenta os mais altos índices de aumento na fatia de participação do Produto Interno Bruto (PIB) entre os estados das regiões Sul e Sudeste do País. Esses sete estados representam mais de 70% do PIB nacional.

Essa participação de Santa Catarina na riqueza total gerada no país, conforme o PIB divulgado, aumentou de 3,7% em 2022 para o índice de 4,6% vinte anos depois. O Estado manteve essa tendência de crescimento e estabilização em quase todos os anos desde o início da série histórica, aumentando a importância de SC para a economia brasileira.

Entre os anos de 2002 a 2022, Santa Catarina registrou um aumento nominal de aproximadamente 756% no valor do PIB. No mesmo período, o Paraná cresceu 596% e Rio Grande do Sul 500%, enquanto a média Brasil teve o crescimento na ordem de 577%.

Entre todos os Estados do país, nessas duas décadas, Santa Catarina registrou o segundo maior patamar de crescimento na participação do PIB Nacional, conforme dados oficiais consolidados do PIB de 2002 a 2022. SC fica atrás apenas do Mato Grosso nesse período.

Segundo o Secretário de Estado do Planejamento, Edgard Usuy, “os resultados refletem a robustez e a resiliência da economia de Santa Catarina. Estamos comprometidos em impulsionar ainda mais esse crescimento, elevando a produtividade e fortalecendo o mercado catarinense para expandir suas oportunidades”. O Secretário avalia que a liderança no crescimento econômico na região Sul é uma prova de que o Estado oferece condições favoráveis para investimentos, trabalho e qualidade de vida para seus cidadãos. 

Recorte do PIB 2022

O valor do PIB estadual atingiu R$ 466,3 bilhões no ano de 2022, mantendo-se como a sexta maior economia do País e superando o valor do ano de 2021, que foi de R$ 428.571 bilhões. Este foi o maior índice de crescimento no PIB no Sul do País.

Devido ao alto desempenho de Santa Catarina no ano anterior, os resultados de 2022 foram mais modestos, acompanhando a tendência de retração dos outros estados. O ano analisado foi marcado por uma acomodação generalizada das economias estaduais após o forte crescimento de 2021, quando os estados se recuperaram da retração ocasionada pelos efeitos da pandemia em 2020.

O setor de Serviços participou com 65,4% da economia catarinense, alavancado pelo subsetor de comércio (17%) e pela administração pública (12,6%), que reúne segmentos impactantes para a população, como administração, educação, saúde pública, defesa e seguridade social. O desempenho teve, também, expressiva contribuição do subsetor de atividades imobiliárias (9,9%) e atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (7,8%).

Já a indústria catarinense teve 28,5% de participação, impulsionada pelo subsetor de indústria de transformação (22,9%). A agropecuária teve uma modesta participação, de 6,1%, o que reflete os desafios ambientais impactantes nos últimos anos.

Entre 2021 e 2022, as taxas de crescimento do valor adicionado nos subsetores da Indústria revelam que a produção de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos e descontaminação aumentou em 21,7%, a construção civil em 7,7%, e a indústria extrativa em 2,16%. Já a indústria de transformação retraiu 5,4%, o que se justifica pelo crescimento de 8,4% no ano anterior; enquanto  o setor de Agropecuária cresceu 0,76%.

No mesmo período, o setor de Serviços evidenciou o crescimento de 10,5% no segmento de outras atividades, que incluem alojamento e alimentação, produção de arte, cultura, esporte e recreação, dentre outras. O segmento de transportes, armazenagem e correios cresceu 8,5%, os serviços de informação e comunicação cresceram 8,3%, a administração, educação e saúde pública, defesa e seguridade social 4%, as atividades imobiliárias, 0,5%, enquanto o comércio teve o modesto crescimento de 0,1%. Já as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados retraíram 5,9% no mesmo período.

O PIB per Capita do Estado, por sua vez, demonstra um expressivo padrão relativo ao número populacional do Estado. Em 2022, o índice aumentou em 4,92%, atingindo o valor de R$ 61.274 – o quinto maior do País, atrás apenas do Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso.

Consolidação dos Dados

O PIB 2022 das Unidades da Federação brasileiras está sendo divulgado nesta quinta-feira, 14 de novembro de 2024. Os dados são oficiais e gerados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com os órgãos estaduais de estatística, com as secretarias estaduais de governo e com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Em Santa Catarina, a Secretaria de Estado do Planejamento (SEPLAN) é o órgão parceiro do IBGE na elaboração e divulgação dos resultados, por meio da Diretoria de Políticas Públicas (DIPP).

A metodologia adotada é uniforme para todas as Unidades da Federação e integrada, conceitualmente, aos procedimentos adotados no Sistema de Contas Nacionais (SCN) e ao Sistema de Contas Regionais (SCR). O ano de 2022 que está sendo divulgado é o último em que o IBGE e os órgãos parceiros apresentam os dados oficiais do PIB.

“O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas”, conforme explicitado pelo IBGE. São apresentados, a preços correntes, os valores adicionados brutos dos três macrogrupos de atividade econômica: Agropecuária, Indústria e Serviços, que possibilitam traçar o perfil econômico de cada uma das Unidades Federativas.

Para informações detalhadas sobre o PIB, acesse a página web da Seplan/SC https://www.seplan.sc.gov.br/planejamento-estrategico/indicadores-e-boletins-economicos